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10 de nov. de 2011

Maratona de jogos castiga gramados do Engenhão e Arena do Jacaré


Foto: Divulgação Ampliar
Comparativo mostra o efeito da sombra na grama do Engenhão ao longo dos meses
As reformas no Maracanã e no Mineirão para a Copa de 2014 mudaram os endereços do Brasileirão no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. O Engenhão e a Arena do Jacaré passaram a ser os palcos de uma verdadeira maratona de jogos, que castigam os gramados e prejudicam a qualidade dos espetáculos. E a tendência é piorar, já que o período de chuvas vem aí.
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Depois da partida contra o Cruzeiro, o atacante Loco Abreu reclamou do gramado do Engenhão. "Nos pedem para não falar, mas esse gramado dificulta o futebol de alto nível", disparou o uruguaio. E o responsável pela manutenção do gramado do estádio concorda com o jogador do Botafogo. "Apesar do nosso trabalho incessante, com essa carga de uso não conseguimos ofertar um gramado de alta qualidade", afirma o engenheiro agrônomo Artur Melo.
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O especialista cita duas razões para a má qualidade do gramado do Engenhão: a sequência de jogos e eventos no campo de jogo (131 eventos em 2011, sendo 95 jogos oficiais) e a arquitetura do estádio. "Além do calendário, temos também o problema de sombreamento no estádio, pois a cobertura, que, de um lado proporciona maior conforto ao espectador, de outro lado impõe sombra no gramado. Sombra e grama são elementos antagônicos", explica Artur Melo. Além dos jogos do Botafogo, Flamengo e Fluminense também estão utilizando o estádio em 2011.
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Com o período de chuvas, a situação tende a piorar nessa reta final. "Manter o gramado bonito será impossível. Vamos nos esforçar para deixá-lo em condições de uso", reconhece o engenheiro agrônomo.
A fama do Engenhão já chega a outros clubes brasileiros. Os jogadores do Cruzeiro criticaram o piso do estádio durantes os dois jogos seguidos contra Botafogo e Flamengo. "Conhecemos o estado do gramado lá, não é tão regular e esburacado", disse o zagueiro Léo, do Cruzeiro.
Rumo a Sete Lagoas
O mesmo problema do Engenhão está tendo a Arena do Jacaré. O estádio de Sete Lagoas está recebendo os jogos de América-MG, Atlético-MG e Cruzeiro. Somente no mês de outubro, foram dezesseis partidas no estádio. O desgaste ficou nítido e a administração da Arena do Jacaré resolveu fazer reparos: 50 metros quadrados de grama foram replantados nas grandes áreas e nas laterais.


Foto: Vipcomm Ampliar

Farías sofre com o barro na Arena do Jacaré em jogo do Cruzeiro de muita chuva
"São medidas para melhorar os pontos mais pisados durante a partida: a grande área, onde o goleiro se posiciona sempre no mesmo espaço, e na lateral, onde os bandeirinhas correm”, explica Feliciano Alves, gerente da Arena do Jacaré e responsável pelo gramado.
O volante Pierre, do Atlético-MG, falou sobre o desgaste nos dois estádios. "Tenho acompanhado há tempos o gramado da Arena do Jacaré. Nós enfrentamos enormes dificuldades no Engenhão, que também passa por esse processo de vários jogos. Isso castiga bastante o gramado, mas temos que superar todas as adversidades. Claro que o gramado da Arena está castigado", disse o volante atleticano.

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